O projeto que prevê a construção da segunda ponte sobre o rio Jaguarão, que liga o Brasil ao Uruguai na fronteira oeste, foi aprovado pela Câmara Federal na sessão de terça-feira, em Brasília. A notícia foi recebida com grande satisfação pelo prefeito Vítor Hugo Rosa que, desde 1999, luta pela liberação da obra. Segundo Rosa, o sonho da segunda ponte sobre o rio Jaguarão está cada vez mais perto de ser concretizado. Agora só falta passar pelo Senado e ser homologada pelo presidente da República, revelou.
A obra está orçada em 14 milhões de dólares, com recursos do Banco Interamericano de Desenvolvimento (Bird). Em outubro de 1999, o prefeito Rosa e outras lideranças jaguarenses foram a Brasília gestionar junto à bancada gaúcha no Congresso e no Senado a inclusão do projeto.
Em novembro do ano seguinte, durante visita do ex-ministro dos Transportes,
Eliseu Padilha, ao município foi assinado o protocolo de intenções para a construção da obra e a restauração da ponte que hoje liga Jaguarão à cidade uruguaia de Rio Branco.
Na oportunidade, o ministro uruguaio
Lucio Cáceres também garantiu que cerca de 3,5 milhões de dólares oriundos do Uruguai para a execução do trabalho já estariam garantidos. Este valor corresponde a 25% do total do investimento.
COMISSÃO -
A necessidade da nova obra foi constatada a partir de estudos da Comissão Mista Brasileiro-Uruguaia para o desenvolvimento da Bacia da Lagoa Mirim. Conforme estudos, a ponte, que deverá ser construída em regime de concessão de obra pública, servirá para o tráfego internacional de cargas e passageiros entre os dois países. A Comissão indicou, ainda, a necessidade de se realizar, com urgência, trabalhos de recuperação da ponte Barão de Mauá, em operação desde 1930 e o acordo assinado prevê estes serviços.
A partir da assinatura do acordo será criada uma Comissão Mista Brasileiro-Uruguaia de Licitação, constituída de cinco membros em cada delegação, sendo dois representantes dos ministérios dos Transportes e um das Relações Exteriores, um dos governos municipais e um da Comissão da Lagoa Mirim.
VALORES -
Os 14 milhões de dólares orçados para a obra têm os custos divididos da seguinte forma: os dois países serão responsáveis, em partes iguais, por no máximo 50% dos investimentos relativos à construção da nova ponte, seus acessos e obras complementares, bem como a recuperação da atual ponte. O restante, podendo ser até mais de 50%, ficará a cargo do consórcio empresarial que vencer a licitação.
Fonte:
Diário Popular