A partir desta terça-feira (25/09/2001), o Conselho de Autoridade Portuária (CAP) vai avaliar o Plano de Desenvolvimento Portuário, que contempla alguns projetos para a revitalização do Centro de Vitória. O projeto vai ser discutido por representantes dos empresários, trabalhadores, operadores portuários, ministérios, prefeituras e Governo do Estado, que compõem o Conselho.


A idéia para revitalizar o centro da cidade foi reforçada com a realização da mais famosa exposição de decoração do país, a Casa Cor, no período de 21 de agosto a 23 de setembro, no armazém 4 da Companhia Docas do Espírito Santo, que fica no centro de Vitória. Foi a primeira vez que este evento aconteceu em uma área portuária em plena atividade.


E é isso que tornou esta mostra mais atraente ao público. Visitando a Casa Cor, foi possível ver o trabalho de estivadores descarregando navios ou até a chegada da esquadra de guerra da Marinha - cenas inéditas para o público. Incomum, o pedido para a liberação da área portuária, para a realização da Casa Cor, chegou a surpreender o ministro dos Transportes, Eliseu Padilha, mas foi prontamente atendido.


Após a Casa Cor 2001, o Porto de Vitória ganhou um espaço cultural definitivo, o Centro de Vivência. O Porto possuía apenas uma biblioteca e um museu defasados. Os cinco ambientes que foram abertos ao público - um auditório com capacidade para 70 pessoas, uma biblioteca que vai contar a história do Porto e da capital capixaba, um museu, um espaço de arte e uma pinacoteca - farão parte do Centro de Vivência e vão permanecer na estrutura portuária.


Antes da mostra, os quadros da Codesa, considerados como o terceiro acervo mais rico do estado, estavam distribuídos nas salas da diretoria da Companhia. Agora, estão na pinacoteca expostos à visitação pública. Além disto, a Casa Cor mostrou que é possível revitalizar o centro de Vitória, conforme prevê um antigo projeto da Prefeitura Municipal.


O centro da cidade estava se tornando uma área marginalizada. Com o Porto abrindo suas portas ao público e se tornando um novo espaço cultural, empresas já se mostram interessadas em construir e melhorar o centro de Vitória.


A mostra ocupou uma área de 4 mil metros quadrados, divididos em 37 ambientes produzidos por 57 profissionais. O evento foi dedicado a ambientes em lofts, fazendo uma homenagem aos 450 anos da cidade de Vitória.


Os lofts traduziram uma leitura contemporânea dos arquitetos e decoradores sobre as etnias que ajudaram na formação da identidade capixaba, como italianos, alemães, negros, árabes e índios. Além disto, os visitantes puderam usufruir de um Sushi Bar, um restaurante e um bar decorado como o interior de um navio, dentro da área portuária. Parte da renda da bilheteria e o total arrecadado com estacionamento serão doados ao Asilo dos Velhos de Vitória.

Assessoria de Comunicação Social
Ministério dos Transportes
onte: Ascom/Codesa - Amílton Brito