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Iris Rezende e Padilha serão anunciados hoje

Sexta-feira, 16 de maio de 1997  

Ministro dos Transportes Eliseu Padilha
Senador goiano deverá ser o novo ministro da Justiça, enquanto o deputado gaúcho Eliseu Padilha será o novo titular dos Transportes


O presidente Fernando Henrique Cardoso deverá anunciar hoje a nomeação do senador Íris Rezende (GO) para o Ministério da Justiça e do deputado Eliseu Padilha (RS) para o Ministério dos Transportes, cumprindo, assim, o compromisso firmado com o PMDB de atender às bancadas das duas Casas. Ficou de fora do ministério o deputado Aloysio Nunes Ferreira (SP), o preferido de Fernando Henrique, tanto para a Justiça quanto para os Transportes.


A nomeação de Padilha foi praticamente uma exigência da bancada na Câmara. Os deputados queriam a vaga dos Transportes, sem esconder que esse ministro é eleitoralmente mais forte. Com Íris Rezende no Ministério da Justiça o PMDB espera assumir de vez a coordenação política do governo, somando o trabalho do goiano ao do ministro para Assuntos Políticos, Luiz Carlos Santos.


As duas escolhas foram feitas depois de intensa negociação do presidente Fernando Henrique com a lideranças do PMDB, tendo como objetivo unir o partido em apoio ao governo. Padilha representa a ala já governista e Íris foi quem comandou, em janeiro, a rebelião do PMDB contra a votação do emenda da reeleição.


A preferência pelo senador goiano decorreu da avaliação do Planalto de que Íris Rezende é o que mais agrega votos tanto na Câmara, onde comanda uma bancada de dez deputados, quanto no Senado, onde tem os três votos de Goiás. O Planalto queria pôr um jurista de renome no Ministério para fazer a aproximação entre Executivo e Judiciário, mas diante das dificuldades de encontrá-lo, fez a opção política.


Íris é o único senador que de fato comanda uma bancada inteira, incluindo aí o governador Maguito Vilela (GO), que também é obediente a ele, explicou um ministro tucano que acompanha a novela do PMDB. A escolha de Íris agrada à cúpula do partido. O Íris tem dimensão nacional para tratar de assuntos de cidadania, já foi ministro, governador e tem a cara do PMDB, resumiu um dos presentes à reunião da cúpula partidária na noite de quarta-feira. O encontro na casa do ex-governador Joaquim Roriz (DF) foi convocado para trabalhar a unidade de ação entre a ala governista e o grupo dos contra, liderado pelo presidente Paes de Andrade (CE).


A unidade interessa aos dois grupos porque um partido forte é fundamental tanto para o sucesso da candidatura própria, defendida pelos contra, como para os governistas que pregam a reeleição de Fernando Henrique. Precisamos de um PMDB fortalecido para não ficamos em posição subalterna na aliança, disse o líder na Câmara Geddel Vieira Lima (BA), um dos defensores da parceria com o governo federal na disputa pelo Planalto.


A estratégia para 1998 só será definida em junho do ano que vem, com acordaram os líderes do partido na casa de Roriz. O que ficou definido desde já foi que, mesmo no cenário da unidade, o governo não poderá contar com o voto dos contra. Unidade absoluta, nem na eleição do Vaticano, resumiu o deputado Paes de Andrade. Aqui, estamos construindo a unidade possível para fortalecer o partido, porque em matéria de convicção minhas posições são inarredáveis, completou.


A cúpula do partido na Câmara também foi informada de que o secretário-executivo dos Transportes, José Luiz Portela, já comunicara ao Planalto sua disposição de não permanecer no posto depois da posse de Padilha. A notícia foi bem recebida pelo grupo ligado ao novo ministro, preocupado com o desconforto de o PMDB assumir um ministério onde o secretário é um tucano que tem linha direta com o presidente da República.


A informação de que o cargo de ministro dos Transportes seria enfraquecido porque uma mudança na estrutura retira do seu comando o departamento Nacional de Estradas de Rodagem (DNER), também não causou preocupações. Antes de decidir se afastar do processo de escolha dos ministros, o próprio Fernando Henrique explicou à cúpula do PMDB que a mudança administrativa referia-se a todas as autarquias de todos os ministérios, e não exclusivamente ao DNER. Segundo um dirigente do PMDB, o novo modelo administrativo prevê a criação de um conselho presidido pelo secretário-executivo, que poderá ser um outro tucano. Mas quem escolhe os membros desse conselho é o ministro, advertiu o dirigente do PMDB.


Fonte: Jornal do Comércio de 16 de maio de 1997






TAGS: Cerimônia  

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