Eliseu Padilha

Brasília (27/05/2009) – O presidente da Câmara, deputado Michel Temer (SP), anunciou nesta quarta-feira, durante a realização da Comissão Geral que a Casa irá tomar as medidas necessárias para tornar realidade as sugestões e recomendações feitas pela sociedade civil e pelas comissões especiais que debateram a crise financeira nos últimos meses.

A Comissão Geral, promovida para debater a os desdobramentos da crise no Brasil, reuniu empresários, industriais e representantes de vários setores da economia. PROJETOS DE LEI – De acordo com o presidente da Casa, o trabalho desenvolvido pelos colegiados especiais serão muito úteis para o país. “Ao final dos trabalhos, iremos formular projetos de lei que possam contribuir para o arrefecimento da crise.

Além disso, iremos divulgar os estudos feitos pelas comissões para a sociedade e para o Executivo, quando a questão exigir uma solução administrativa”, enfatizou. Segundo Temer, a Câmara tem trabalhado muito para debater os problemas provenientes da crise financeira mundial. “Constituimos cinco comissões especiais para analisar o impacto dessa crise nos diversos setores da economia brasileira. Nessa Comissão Geral reunimos nomes significativos do setor produtivo nacional, indústria, comércio e sistema de crédito”, elogiou.

NOVAS PROPOSTAS – Na avaliação do presidente da Comissão Especial da Crise no Comércio, deputado Rodrigo Rocha Loures (PR), a Comissão Geral ocorrida hoje representou uma oportunidade para que a Câmara possa analisar as propostas apresentadas por alguns dos líderes nacionais da economia brasileira para o enfrentamento da crise econômica. “As sugestões feitas hoje irão complementar o trabalho realizado pelas cinco comissões especiais”, afirmou.

Segundo Loures, após a sessão da Comissão Geral, os paralmentares irão recolher os depoimentos, as apresentações e incorporar aquilo que for significativo para promover a alteração dos marcos legais do país. “Esse é o momento ideal para discutirmos as relações entre a sociedade e a economia, e acima de tudo o papel do Brasil na economia mundial. O que está em jogo é sabermos se o país irá ou não crescer”, ponderou.

Para o presidente da Fundação Ulysses Guimarães (FUG), deputado Eliseu Padilha (RS), o Poder Legislativo, por meio da Câmara dos Deputados, sinalizou que as discussões sobre a crise financeira não podem ficar exclusivamente nas mãos do Executivo. “Trata-se de um desafio para toda a nação. Cabe à Câmara dos Deputados apontar caminhos”, destacou.

RESPONSABILIDADE DO LEGISLATIVO - Eliseu Padilha lembrou a trajetória empreendida pelo Executivo na economia do país nos últimos anos. “Se analisarmos as posições do Executivo vamos observar que começamos com um crescimento de 4,5% , caimos para 2%, depois para 1% e agora alguns setores do governo já trabalham com a possibilidade do país encerrar o ano com taxa zero, ou abaixo disso”, exemplificou.

Dentro do cenário de crescimento previsto pelo próprio governo, Padilha afirma que o Poder Legislativo tem tanta responsabilidade quanto o Executivo na elaboração de soluções para os problemas enfrentados. “Devemos mostrar com seriedade novas soluções. Não podemos ficar ao sabor dos ventos”, disse.

O parlamentar ressaltou que é necessário que a população mantenha o otimismo no que diz respeito às condições do Brasil em superar a crise. “Porém, não podemos agir de modo irresponsável. Tem determinadas medidas que precisam ser tomadas na hora certa. Ao que tudo indica em um primeiro momento deixamos passar esta hora certa para algumas atitudes. Não podemos incorrer no mesmo erro”, concluiu.

Fonte: pmdb.org