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Ministro dos Transportes <<voltar
Rádio Guaiba entrevista Ministro dos Transportes Eliseu Padilha

Quarta-feira, 24 de outubro de 2001  

Eliseu Padilha
AMIR DOMINGUES: quais foram as razões do ministro para deixar o ministério?

ELlSEU PADILHA: Bom dia Amir. Bom dia a todos os ouvintes. Realmente Amir, ontem, em almoço com o senador PEDRO SIMON, o deputado CEZAR SCHIRMER e o deputado OSMAR TERRA foi colocado de forma veemente que a minha permanência no governo estava já atrapalhando, para usar uma expressão mais conhecida no Rio Grande do Sul, as tratativas do partido em seu programa de aliança para o pleito de 2002. Eu já havia antecipado ao presidente que havia, desde o inicio de setembro, uma pressão dentro do partido para que eu deixasse o governo. Nós tínhamos que definir claramente como o PMDB se comportaria no Rio Grande do Sul. Eu levei ao presidente essa preocupação já a mais tempo e ele disse para apenas implantar as agências.

A Agência Nacional de Transportes Terrestres e a Agência Nacional de Transportes Aquoviário e o Departamento Nacional de Infra-estrutura em Transportes, depois é só fazer andar as coisas e você ficaria liberado. Pois bem, tem 15 dias que eu estou discutindo os nomes para essas agências com o presidente e chegamos já aos nomes. Eu formalmente hoje entrego a eles a indicação e depois ele a enviará ao Senado. Por isso, o que ele me disse que era a minha missão está realizado.

Pois bem, se a minha missão está cumprida e já havia com ele o ajuste para a minha antecipação e se a minha permanência prejudica o meu partido no meu Estado, claro que eu tenho que concordar com o presidente do partido CEZAR schirmer. E vou hoje conversar com o presidente dizendo que cumpri a missão e que apenas quero ajustar com ele agora, antecipando em relação ao previsto em dezembro, a minha saída. Pronto, é simples. Claro que o meu convívio com o presidente é algo para mim de profunda honra. Se eu pudesse continuar trabalhando com ele continuaria ainda por muito tempo, mas circunstâncias políticas então impediam a ele e a mim. Se isso acontece então, eu vou desde logo tomando o meu caminho.

AMIR DOMINGUES: Isso significa que o senhor poderá concorrer ao governo do Estado?

ELlSEU PADILHA: Não. Não. Não. Definitivamente, não. Eu serei candidato a deputado federal. Eu vou ajudar o senador PEDRO SIMON, nosso chefe maior no partido no Rio Grande na sua cruzada agora para as prévias. E depois farei junto com a candidatura que seja definida ou SIMON, no Rio Grande do Sul, se ele não for vencedor das prévias, conforme ele disse. Ou quem as nossas prévias internas definam, no caso de SIMON ser o candidato à presidência da República. SIMON será a peça chave para a definição da candidatura no Rio Grande do Sul. Por quê? Presidente da República ele vai influenciar o candidato. Não- presidente da República ele será o candidato. Portanto, no PMDB do Rio Grande do Sul terá em PEDRO SIMON o grande condutor do processo de 2002.

AMIR DOMINGUES: E se o senador PEDRO SIMON for candidato à presidente da República, quem será o candidato do PMDB aqui no Sul?

ELlSEU PADILHA: Uma prévia vai definir. Certamente que a opinião do senador PEDRO SIMON será muito importante, mas eu não colocarei o meu nome disponível para a prévia. Definitivamente eu pretendo concorrer a uma cadeira para Câmara dos Deputados. Quero ser deputado federal por tudo. Aliás, o porto de Rio Grande, quem é que vai estar em Brasília para fazer com que as obras, que foram recém iniciadas para ser o porto do Mercosul continuem? O sistema de trem nosso, o Trensurb, quem é que vai continuar a pressão para que ele continue para chegar ao centro de Novo Hamburgo como é o projeto que nós estamos começando a executar. O fim da estrada do inferno que está previsto para o início do ano de 2003, quem é que vai cuidar para que isso efetivamente aconteça? E monitorar a duplicação de Porto Alegre à Pelotas que começa no início do ano, pressionando todo o dia para que isso se concretize. São obras que para mim são coisas que saíram da minha criação, da minha imaginação. Eu tive que me empenhar. Agora é muito importante que elas sejam concluídas. Portanto, eu acho que eu tenho a vinculação umbilical com elas e a minha permanência em Brasília para isso eu acho fundamental.

AMIR DOMINGUES: Ou seja, na Câmara para cobrar o que vai ser feito a respeito da esfera do atual ministério no próximo governo.

ELlSEU PADILHA: Eu vou colocar toda essa experiência que eu adquiri nas relações do governo com o Congresso, do Congresso com o governo. De como se votam as propostas orçamentárias. De como são construídas as propostas orçamentárias. Toda a experiência que eu adquiri no curso desse tempo eu quero colocar à disposição do meu Estado para que gente possa fazer estas obras que foram iniciadas na minha área terem conclusão. Ai sim minha obra estará realmente completa. Agora eu estou com a minha missão cumprida internamente no governo dada a limitação temporal do mandato do presidente FERNANDO HENRIQUE e a necessidade da minha eleição também. Senão, evidentemente, eu pretenderia concluir na execução, eu executando, mas não vai ser possível. Então eu tenho que me preocupar em ser responsável por elas até o final.

AMIR DOMINGUES: Que leitura o senhor faz da viagem do presidente FERNANDO HENRIQUE à Europa na companhia e a convite dos três presidentes do partido que compõem a base governamental do governo FERNANDO HENRIQUE, no Congresso.

ELlSEU PADILHA: De absoluta normalidade. Não há absolutamente nada mais. Eu estou falando na condição de ministro dos Transportes do governo FERNANDO HENRIQUE CARDOSO. Nós temos mais dois ministérios no governo, qual é o problema que existe do presidente de um dos partidos que está na base do governo, mas que, no ano que vem, terá seu candidato próprio. Ele tem algum problema de estar acompanhando o presidente que vai a uma assembléia na França onde poucos cidadãos no mundo foram chamados para falar. Ele está sendo chamado para falar o que pensa o presidente do Brasil para o país de tradição cultural e política como a França. Não há absolutamente nada, nada. Nós estamos ou não estamos na base de sustentação do governo, estamos. Vamos sair? Vamos. Vamos sair se ITAMAR FRANCO for o candidato, é certo que nós estaremos fora. Se for PEDRO SIMON e JARBAS VASCONSELOS pode essa convivência continuar. SIMON tem dito nós nunca seremos oposição ao governo porque nós fizemos parte por muito tempo, mas teremos nosso próprio caminho. Agora em relação a FERNANDO HENRIQUE, FERNANDO HENRIQUE não vai ser candidato e ele precisa governar. Logo, ele precisa de sustentação. São coisas distintas. Eu sei que se nós falarmos nisso genericamente as pessoas terão dificuldade de entender. Mas na medida que a gente explica como estou explicando se vê que é de absoluta normalidade. Não tem nenhuma anomalia.

AMIR DOMINGUES: Para finalizar ministro ELlSEU PADILHA, e desde já agradecendo sua atenção com os ouvintes da rádio Guaíba, já tem data marcada para concretizar seu afastamento do governo?

ELlSEU PADILHA: Não. Eu defino com o presidente FERNANDO HENRIQUE e com o presidente MICHEL TEMER hoje a data. Se eu bem conheço o presidente FERNANDO HENRIQUE, ele deverá dizer: olha, nós estamos agora com uma mini reforma andamento. Vai mudar o ministro da Justiça, vai mudar o secretário de Comunicação Social, vai mudar o secretário geral da presidência da República. Agora por esses dias já são matérias até publicadas. Possivelmente ele vai dizer: quem sabe você insere essa sua substituição nesse conjunto. Presumo que ele vá dizer isso.

AMIR DOMINGUES: Muito obrigado ministro.

ELlSEU PADILHA: Obrigado. E sempre a disposição.

PROGRAMA: AGORA
EMISSORA: RÁDIO GUAíBA
DATA: 24/10/01 HORA: 10H ÀS 11H

APRESENTADOR: AMIR DOMINGUES






TAGS: Entrevista   Trensurb  

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