Eliseu Padilha afirmou não ter fundamento a realização de eleições gerais |
Quarta-feira, 06 de abril de 2016
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Em entrevista nesta quarta-feira (6) para o programa Gaúcha Atualidade da Rádio Gaúcha, o vice-presidente nacional do PMDB, Eliseu Padilha, afirmou que a proposta de realização de eleições gerais em outubro, idealizada inicialmente pelo senador Valdir Raupp (PMDB-RO), é “absolutamente impossível. Não tem nenhum fundamento. A gente poderia começar dizendo para que quem propôs, que antes de propor as novas eleições, renunciasse ao seu mandato. A gente sabe que o objetivo não é esse. E infelizmente até companheiros nossos, vinculados ao PMDB, falaram sobre isso. É absolutamente impossível. Não tem nenhum fundamento, sob ponto de vista prático, sob o ponto de vista idealista político, e não tem nenhum fundamento legal”, disse. Segundo Padilha, a realização de novas eleições exigiria alteração da Constituição em poucos dias. E também lembrou que novas campanhas não poderão contar com financiamento privado, segundo entendimento do Supremo Tribunal Federal. Ao ser questionado sobre o desembarque do PMDB do governo federal, Padilha frisou que o PMDB nunca participou do núcleo duro do governo federal. “Nós saímos porque almejamos candidatura própria a presidência da República. Eliseu Padilha também comentou o andamento do processo de impeachment contra a presidente no Congresso Nacional. Ele discorda da avaliação de que o governo já tem votos suficientes para garantir o mandato da presidente e arquivar o processo de impeachment. “Quem disser que tem garantido que vai aprovar ou não vai aprovar (o impeachment) tem muito de desejo e pouco de cientificismo”, avaliou. O ex-ministro comparou o processo a uma prova de resistência, onde até o último minuto o cenário pode ser modificado. Sobre um eventual afastamento da presidente, Padilha disse que tem ciência de que haverá dificuldades para governar o país. “O pau que bate em Chico é o mesmo que bate em Francisco. Se haverá dificuldade pra A, também haverá pra b. A única diferença é que normalmente o novo inspira esperança do que virá pra frente. Ninguém pense que haverá facilidade, seja pra presidente Dilma continuar, ou para começar um governo com Michel Temer”, disse. |
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