Ministro da Secretaria de Aviação Civil |
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Os motivos para Recife ter o melhor aeroporto do Brasil |
Sexta-feira, 10 de abril de 2015
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É tempo de comemorar, nas dependências do Aeroporto Internacional Guararapes - Gilberto Freyre, em Recife (PE). O superintendente do terminal, Alexandre Oliveira da Silva, passou o dia seguinte à conquista do Prêmio Aeroporto + Brasil – concedido pela Secretaria de Aviação Civil da Presidência da República (SAC/PR), e entregue nessa quarta-feira, em Brasília (DF), a partir da opinião dos próprios passageiros –, atendendo aos jornalistas e agradecendo boa parte dos mais de cinco mil colaboradores que ajudam na operação diária do aeroporto localizado na capital pernambucana. “Temos a sensação de extrema alegria e orgulho, pelo trabalho feito ao longo de tantos anos. Temos a expectativa de levar esse prêmio desde a primeira edição. A gente já se achava merecedor dessa vitória, e acabamos ganhando o maior e melhor prêmio. É um momento para compartilhar com toda a equipe. A gente não faz aeroporto só. Estou peregrinando, batendo em cada porta e agradecendo as pessoas”, confessou o superintendente da Infraero, que administra o lugar. Mas o trabalho não foi deixado de lado. Alexandre afirmou que vai continuar trabalhando para ser merecedor da vitória, “com muita prestação de serviços e um sorriso estampado no rosto”. E isso em uma estrutura grandiosa também em termos de beleza arquitetônica, espaço e funcionalidade. Com direito a um terminal de passageiros equilibrado do ponto de vista operacional, sem muitos pontos de gargalo. “Nos horário de pico do aeroporto o desconforto é mínimo. Ele é muito bem desenhado, não há retenção na operação do aeroporto”, conta.
E como é para a frente que se anda, a partir de junho, o Aeroporto Internacional Guararapes - Gilberto Freyre ganha uma nova rota para o exterior: Praia, capital de Cabo Verde, país africano. A linha, da companhia Transportes Aéreos Cabo Verde, servirá de ligação para a Europa e a África. E se junta aos outros destinos internacionais operados a partir do aeroporto: Miami (Estados Unidos), Cidade do Panamá (Panamá), Buenos Aires (Argentina), Frankfurt (Alemanha) e Lisboa (Portugal).
A boa fase do aeroporto também é comprovada pela recente reforma da pista, concluída em dezembro de 2014, e a aquisição e funcionamento, em fevereiro passado, de dois novos elevadores. Tudo para faciliatar a vida dos sete milhões de passageiros que movimentaram o local no ano passado. O aeroporto, aliás, tem uma capacidade de movimentação de 16 milhões de passageiros.
Pesquisa
O levantamento elaborado pela SAC foi feito ao longo de 2014. Foram entrevistados 64.539 passageiros de voos domésticos e internacionais em 15 aeroportos de grande movimentação no Brasil: Recife, Galeão, Congonhas, Manaus, Salvador, Cuiabá, Viracopos, Brasília, Fortaleza, Porto Alegre, Curitiba, Guarulhos, Confins, Natal e Santos Dumont, no Rio de Janeiro. Esses terminais respondem por 80% da movimentação em todo o País.
O prêmio tem nove categorias. Para chegar às nove categorias, a SAC agrupou os indicadores com maior afinidade entre os 48 itens que fazem parte da Pesquisa de Satisfação Geral do Passageiro, realizada a cada trimestre. O Aeroporto de Congonhas, em São Paulo, venceu em quatro categorias (aeroporto mais confortável, chek-in mais eficiente, raio X mais eficiente, e aeroporto mais cordial). Confins, em Minas Gerais, recebeu o título de serviço público mais eficiente e o aeroporto de Natal, o de mais limpo. O Santos Dumont foi avaliado com o melhor serviço de restituição de bagagem. E o terminal de Curitiba ficou com a premiação de melhor facilidade para os passageiros. O nível de confiança e a margem de erro da pesquisa são, respectivamente, 95% e 5%.
Os aeroportos vencedores receberam um troféu e um certificado. Eles poderão fazer artes gráficas e expor o prêmio em suas dependências. “O prêmio se propõe a ser um divisor de águas na gestão aeroportuária e de respeito ao passageiro. O passageiro vai premiar quem, com afinco, se propôs a tratá-lo bem. Por isso, é importante que a gente continue a alavancar os aeroportos brasileiros”, afirmou o ministro da Aviação Civil, Eliseu Padilha. “Oito dos 15 terminais avaliados mereceram dos usuários notas acima de quatro, numa escala de um a cinco. Isto em um ano onde tivemos a Copa do Mundo. O resultado sinaliza, sem dúvida, que a maioria dos passageiros está satisfeita, disse.
O aeroporto
Situado ao sul de Recife, o aeroporto opera voos domésticos e internacionais 24 horas por dia e seu nome é uma alusão ao fato histórico da Batalha dos Guararapes, ocorrida no período colonial brasileiro sobre os morros de mesmo nome, situados em sua lateral oeste. Sua construção antecede a II Guerra Mundial, sendo que o conflito serviu para melhorar a estrutura da Base Aérea do Recife e do próprio aeroporto. O nome oficial foi dado em 2 de julho de 1948.
No início de 1950, foi dado o pontapé inicial das obras de construção do Aeroporto Internacional dos Guararapes e os trabalhos avançaram. Após a conclusão do novo aeroporto, a primeira aeronave brasileira a utilizar oficialmente o Guararapes foi um DC-3, da Real Aerovias, que conduziu o presidente Juscelino Kubitscheck para a inauguração das instalações, em 18 de janeiro de 1958. A TAP foi a primeira empresa estrangeira a reiniciar as operações. Durante anos, o movimento se compunha quase que, exclusivamente, de frequências domésticas e da linha Recife/Lisboa.
Em 7 de janeiro de 1974, o aeroporto passou a ser administrado pela Infraero. E em 1979, foi celebrado um convênio entre o Ministério da Aeronáutica e o Estado de Pernambuco, com a intervenção da Infraero, para desenvolvimento de projetos e execução de obras de reforma. A pista foi ampliada e o prédio reformulado, vindo a ser inaugurado em 1982. Depois dessa reforma, o aeroporto teve sua capacidade bastante superior à antiga, possibilitando o pouso e decolagem de aviões de grande porte, facilitando assim um maior tráfego aéreo internacional. A partir de então, Pernambuco tornou-se portão de entrada e saída para os turistas provenientes da Europa e Ásia.
Hoje, o aeroporto conta com um Terminal de Logística de Cargas – TECA alfandegado, com 6.125m² de área para cargas de exportação e importação. O TECA apresenta um depósito de carga restrita, com capacidade diária de até 30 toneladas, e câmara frigorífica com módulos de resfriamento e congelamento. O Aeroporto Internacional do Recife/Guararapes - Gilberto Freyre possui um sistema de gestão da qualidade, certificado de acordo com a norma NBR ISO 9001, e está em processo de certificação operacional pela ANAC.
Ficha técnica:
Sítio Aeroportuário: 4.229.140,40 m² Pátio de Aeronaves: 110.526 m² Pontes de Embarque: 11 Estacionamento de aeronaves: 21 Pista (dimensões – comprimento x largura): 3.007 m x 45 m Terminal de Passageiros: 52.000 m² Capacidade/ano: 16,5 milhões de passageiros Estacionamento de veículos - Capacidade: 2.020 veículos
Distâncias:
- Até o centro da cidade: 11 km - Até o hospital de emergência mais próximo: 2,4 km - Até a estação de metrô mais próxima: 1,1 km - Até as principais redes hoteleiras da cidade: 2,7 km - Até a rodoviária da cidade: 16,5 km - Até o Centro de Convenções: 17,4 km.
Fonte: Secretaria de Aviação Civil |