O deputado federal Eliseu Padilha foi Ministro dos Transportes no Governo do Presidente Fernando Henrique Cardoso, no período de 22 de maio de 1997 a 16 de novembro de 2001. Foram quase cinco anos de intenso trabalho, em que o deputado realizou uma verdadeira revolução no setor de transportes do Governo Federal.
Com o trabalho de Eliseu Padilha, foram instituídas as agências reguladoras que fixam regras para assegurar os interesses dos usuários e atrair os investimentos privados para o desenvolvimento da matriz transportes. Pelo Programa "Avança Brasil", foram criados os corredores estratégicos de exportação, como o Corredor do Mercosul, que realizou a maior obra de duplicação de rodovias do país, promoveu a modernização dos portos e incentivou o transporte fluvial e a navegação de cabotagem. O Fundo de Marinha Mercante foi remodelado e o país passou a contar com recursos para financiar a construção naval.
No Rio Grande do Sul, Padilha realizou e projetou as maiores obras do setor de transportes no estado, importantes para a economia, para a segurança e para o meio ambiente. Expandiu o metrô de Sapucaia para São Leopoldo e projetou a extensão dos trilhos até Novo Hamburgo, bem como a Linha 2 nos trechos Sarandi-Mercado-Azenha. Investiu R$ 230 milhões no sistema de trens urbanos da região metropolitana de Porto Alegre. Com a expansão da Linha 1, o metrô gaúcho aumentou o transporte de passageiros em 31% e as tarifas ficaram quatro anos sem sofrer aumento.
Padilha recuperou os molhes do Porto de Rio Grande e executou 25% da obra de ampliação, com investimentos que somam R$ 395 milhões. O porto riograndino foi transformado em porto concentrador e distribuidor de cargas (hub port), sendo hoje o principal porto do Mercosul. A movimentação de contêineres cresceu mais de 250% entre 1995 e 2002. Além disso, o então ministro implantou a Hidrovia do Mercosul, com a dragagem e sinalização da Lagoa Mirim e a modernização dos Portos de Estrela, Pelotas e Porto Alegre, criando, assim, uma grande via navegável entre o sul do país e o Uruguai.
Importantes trechos da malha rodoviária federal no Rio Grande do Sul foram pavimentados ou duplicados por Eliseu Padilha. Foi duplicado o trecho de 60,1 quilômetros da BR-386, conhecida como "Tabaí-Canoas" ou "Estrada da Produção", investimento que custou R$ 67,8 milhões ao Governo Federal. A duplicação da BR-101 entre Palhoça (SC) e Osório (RS) foi licenciada e licitada, e os recursos foram garantidos por meio de financiamento internacional. Esse trecho soma-se à duplicação da BR-290 de Guaíba até Pântano Grande e da BR-116 de Guaíba a Pelotas, para completarem a Rodovia do Mercosul, obra que facilita o transporte e aumenta as exportações brasileiras para a Argentina e o Uruguai.
Eliseu Padilha construiu a Rodovia da Maçã (BR-295) entre Vacaria e a BR-101 (SC) Transformou a "Estrada do Inferno" em Estrada da Esperança, com a pavimentação da BR-101 entre Mostardas e São José do Norte. E, ainda, pavimentou a BR-392 entre Cerro Largo e Porto Xavier, na região das Missões, noroeste do estado. O então ministro dos Transportes também projetou a Via Expressa, um conjunto de 21 obras na BR-116 entre Porto Alegre e Estância Velha, com investimentos de R$ 63,5 milhões em viadutos, passarelas e pistas laterais.
Há 10 anos, Padilha criou o vale pedágio, beneficiando cerca de 800 mil caminhoneiros de todo o país ao transferir para o dono da carga a responsabilidade de pagar as tarifas de pedágio.
Principais obras e projetos
Rodovias
Rodovia do Mercosul: duplicação de Belo Horizonte até Pantano Grande (BR-290), e Pelotas (BR 116) e adequação de Pantano Grande a Uruguaiana (saída para Argentina) e de Pelotas até Jaguarão (saída para o Uruguai). Facilita o transporte de cargas e aumenta as exportações brasileiras.
Duplicação da BR-386, Estrada da Produção, de Canoas até Tabaí e de Estrela até Lajeado. Acesso da região metropolitana de Porto Alegre ao norte e ao centro-oeste do estado e ao oeste de Santa Catarina e Paraná. Acesso ao Pólo Petroquímico de Triunfo e aos mercados do centro do país e Mercosul, além dos portos da capital, de Estrela e de Rio Grande.
Duplicação da BR-116, de Porto Alegre até Pelotas. Faz parte do eixo rodoviário que dá acesso ao Porto do Rio Grande, responsável pela maior parte das exportações gaúchas.
Duplicação da BR-392, de Pelotas a Rio Grande;
Construção da BR-392 de Cerro Largo a Porto Xavier. Beneficia mais de 70 municípios, tornando-se uma via vital para a economia e para o intercâmbio turístico e comercial da região das Missões com os vizinhos do Mercosul.
Construção da Rodovia da Maçã - BR-285, de Vacaria até a BR-101 em Timbé do Sul (SC). Cruza diversos pólos econômicos e culturais e absorve o tráfego de veículos que se dirigem tanto ao sul, como ao centro do país, por meio das rodovias BR-101 e BR-116. É uma opção de acesso aos portos de Estrela, Porto Alegre e Rio Grande.
Construção da Estrada do Inferno - BR-101, entre Tavares e São José do Norte. Passa por vários municípios de ótima produção agropecuária, sendo também uma opção de acesso ao Porto do Rio Grande e pontos turísticos do litoral sul. Antigo sonho dessa região de grande importância econômica para o Estado.
Duplicação da BR-290, de Guaíba até Pantano Grande. A rodovia é um braço do Corredor do Mercosul. Com sua capacidade ampliada, se concretiza como rota estratégica, sendo o principal acesso à região metropolitana de Porto Alegre e daí ao Porto de Rio Grande. Também é a rota mais utilizada pelos turistas argentinos que se destinam ao litoral brasileiro.
Construção da BR-470, de Lagoa Vermelha a Barracão;
Duplicação da BR-116, de Eldorado do Sul até trevo de Guaíba.
Metrô - Trensurb
Extensão da operação do Metrô-Trensurb da estação Sapucaia até a estação Unisinos e a estação São Leopoldo Centro. Transporte seguro, não poluente e com tarifa social subsidiada.
Construção das estações do Metrô-Trensurb em São Leopoldo.
Projeto e licitação da extensão do Trensurb de São Leopoldo a Novo Hamburgo.
Reforma do Museu do Trem de São Leopoldo.
Construção das casas e assentamento das 182 famílias do Conjunto Tancredo Neves, em São Leopoldo.
Área de Esporte e Lazer - projeto de urbanização sob 2,4 quilômetros de trilhos, onde foram construídas áreas de lazer e esporte para a comunidade.
Elaboração do projeto da Linha 2 do metrô de Porto Alegre, servindo Porto Alegre com integração para Viamão, Alvorada, Gravataí e Cachoeirinha;
Portos e Hidrovias
Porto de Rio Grande - Porto do Mercosul. Adequação do porto para permitir a operação de navios de grande porte, aumentando a competitividade da produção industrial e de grãos para exportação.
Restauração dos molhes e do calado, que estavam sem reparos desde a construção em 1911/1917 e apresentavam quatorze rupturas na estrutura.
Projeto e construção para a conversão em Porto do Mercosul, com 60 (sessenta) pés de calado, mediante extensão dos molhes e dragagem no canal. Rio Grande se transformou em porto concentrador e distribuidor de cargas, atraindo investimentos privados e grandes exportadores brasileiros, além da instalação da indústria naval - obras ainda em execução desde que deixou o Ministério.
Dragagem na Lagoa dos Patos, Canal de São Gonçalo e Lagoa Mirim.
Implantação da Hidrovia do Mercosul - com a dragagem da Lagoa Mirim, surgiu uma um segmento hidroviário de 650 quilômetros do Porto de Estrela até o Porto de Santa Vitória do Palmar. Com a dragagem do Canal de São Gonçalo, ligando à Lagoa dos Patos, o transporte fluvial foi efetivado desde o Porto de Estrela até o Rio Cebollati (Uruguai).
Habilitação da operação alfandegária do Porto de Estrela. Modernização com equipamentos para operação de contêineres e estrutura com capacidade de atender 40 municípios localizados no Vale do Taquari.
Estadualização do Porto de Porto Alegre (Cais do Porto). Primeiro posto brasileiro a operar com arrecadação informatizada do Adcional do Frete para Renovação da Marinha Mercante.